IN-SER-ir.... Quem Somos

IN-SER.ir é uma das ações do Projeto LETRAS - Laboratório de Estudos em Tecnologias e Recursos Assistivos . Esta ação busca promover a qualificação profissional para o deficiente físico, surdo, deficiente visual, e deficiências múltiplas, provocando a inserção no mercado de trabalho.

Nossa intenção é aproximar  as tecnologias assistivas, recursos telemáticos e de interação ao deficiente, abrindo um leque de possibilidades de habilitação e formação.  Além de realizar esta aproximação da tecnologia, ainda mantemos um banco de curriculos direcionando-os às empresas.

A Lei nº 8.213/1991, em seu art. 93, dispõe sobre a obrigatoriedade de admissão de pessoas portadoras de deficiência. De acordo com o referido dispositivo a empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários da Previdência Social reabilitados ou com pessoa portadora de deficiência habilitada, na seguinte proporção:

  • até 200 empregados - 2%;

  • de 201 a 500 empregados - 3%;

  • de 501 a 1000 empregados - 4%; ou

  • mais de 1000 empregados - 5%.

O descumprimento da Lei de Cotas tem sido intensamente fiscalizado, tanto que no último semestre cerca de 130 empresas foram autuadas somente no Estado de São Paulo. O valor da multa por pessoa não contratada é de R$ 1.101,75.

Muitas empresas, apesar do empenho em querer cumprir a legislação e o papel de incluir na sociedade, têm encontrado dificuldades para se adequarem à Lei de Cotas.

A maior delas é encontrar uma pessoa com deficiência preparada para o mercado de trabalho.

  O Projeto  objetiva a aproximação entre

deficiente + profissionalização + empresa

  Além de oferecer treinamentos em tecnologias especiais de hardwares/softwares disponiveis

  In-SER-ir mantém cursos on-line em ambiente Virtual de Aprendizagem, inclusive cursos de Libras

 

O que é Tecnologia Assistiva?


Conceito

Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover Vida Independente e Inclusão.

É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey in Assistive Technologies: Principles and Practices, Mosby - Year Book, Inc., 1995).

O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407, que compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act. Este conjunto de leis regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.

Nele, a Tecnologia Assistiva se compõe de Recursos e Serviços. Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob-medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.


 

Recursos.

Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.


 

Serviços.

São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com deficiência visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.

Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas.

No Brasil, encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como "Ajudas Técnicas", "Tecnologia de Apoio", "Tecnologia Adaptativa" e "Adaptações".

Objetivos da Tecnologia Assistiva.

Proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.

Por que o termo "Tecnologia Assistiva"?

Um texto de Romeu Kazumi Sassaki, escrito em 1996:
Lendo artigos sobre equipamentos, aparelhos, adaptações e dispositivos técnicos para pessoas com deficiências, publicados em inglês, ou vendo vídeos sobre este assunto produzidos em inglês, encontramos cada vez mais freqüentemente o termo assistive technology.

No contexto de uma publicação ou de um vídeo, é fácil entender o que esse termo significa. Seria a tecnologia destinada a dar suporte (mecânico, elétrico, eletrônico, computadorizado etc.) a pessoas com deficiência física, visual, auditiva, mental ou múltipla. Esses suportes, então, podem ser uma cadeira de rodas de todos os tipos, uma prótese, uma órtese, uma série infindável de adaptações, aparelhos e equipamentos nas mais diversas áreas de necessidade pessoal (comunicação, alimentação, mobilidade, transporte, educação, lazer, esporte, trabalho e outras).

Nestes tempos em que o movimento de vida independente vem crescendo rapidamente em todas as partes do mundo, o tema tecnologia assistiva insere-se obrigatoriamente nas conversas, nos debates e na literatura. Urge, portanto, que haja uma certa uniformidade na terminologia adotada, por exemplo com referência à confecção/fabricação de ajudas técnicas e à prestação de serviços de intervenção tecnológica junto a pessoas com deficiência.

Categorias de Tecnologia Assistiva.

A presente classificação faz parte das diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores. O importante é destacar a importância que esta organização confere ao universo de recursos, que até aqui vinham sendo confundidos com equipamentos da área médica/hospitalar (estrito senso), bem como outros não reconhecidos como ajudas de vida diária. A importância desta classificação está no fato de organizar a utilização, prescrição, estudo e pesquisa destes materiais e serviços, além de oferecer ao mercado focos específicos de trabalho e especialização.

Auxílios para a vida diária - Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.

CAA (CSA) - Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa - Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

Recursos de acessibilidade ao computador - Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.

Sistemas de controle de ambiente - Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

Projetos arquitetônicos para acessibilidade - Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.

Órteses e próteses - Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recursos ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

Adequação Postural - Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar, visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.

Auxílios de mobilidade - Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

Auxílios para cegos ou com visão sub-normal - Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.

Auxílios para surdos ou com déficit auditivo - Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado - teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

Adaptações em veículos - Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Atuação da Tecnologia Assistiva.

A Tecnologia Assistiva visa melhorar a FUNCIONALIDADE de pessoas com deficiência. O termo funcionalidade deve ser entendido num sentido maior do que habilidade em realizar tarefa de interesse.

Segundo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, o modelo de intervenção para a funcionalidade deve ser BIOPSICOSOCIAL e diz respeito a avaliação e intervenção em:

  1. Funções e estruturas do corpo - Deficiêcia
  2. Atividades e participação - Limitações de atividades e de participação.
  3. Fatores Contextuais - Ambientais e pessoais.

Modelos Conceituais.

Para compreender e explicar a incapacidade e a funcionalidade, foram propostos vários modelos conceituais:

  • Modelo Médico: Considera a incapacidade como um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais. Os cuidados em relação à incapacidade têm por objetivo a cura ou a adaptação do indivíduo e mudança de comportamento. A assistência médica é considerada como a questão principal e, a nível político, a principal resposta é a modificação ou reforma da política de saúde.
  • Modelo Social: O modelo social de incapacidade, por sua vez, considera a questão principalmente como um problema criado pela sociedade e, basicamente, como uma questão de integração plena do indivíduo na sociedade. A incapacidade não é um atributo de um indivíduo, mas sim um conjunto complexo de condições, muitas das quais criadas pelo ambiente social. Assim, a solução do problema requer uma ação social e é da responsabilidade coletiva da sociedade fazer as modificações ambientais necessárias para a participação plena das pessoas com incapacidades em todas as áreas da vida social. Portanto, é uma questão atitudinal ou ideológica que requer mudanças sociais que, a nível político, se transformam numa questão de direitos humanos. De acordo com este modelo, a incapacidade é uma questão política.
  • Abordagem Biopsicosocial: A CIF baseia-se numa integração desses dois modelos opostos. Para se obter a integração das várias perspectivas de funcionalidade é utilizada uma abordagem "biopsicossocial". Assim, a CIF tenta chegar a uma síntese que ofereça uma visão coerente das diferentes perspectivas de saúde: biológica, individual e social.
  • *1 - Fisioterapeuta - diretora do CEDI - Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil - ATACP 2006 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.
    *2 ATACP 1998 - Assistive Technology Applications Certificate Program / CSUN California State University - Northridge - EUA.

    ACESSIBILIDADE e INSERÇÃO - "Eu posso ir..."

    ACESSIBILIDADE

    O que é isso?

    De acordo com a Lei 10.098/00, acessibilidade é a possibilidade e a condição de alcance, para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, pela pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (art. 2°, inc. I). Do ponto de vista social, ela é um dos instrumentos essenciais para que as pessoas com deficiência possam exercer seus mais variados direitos na convivência com os demais cidadãos.

    O "direito ao acesso" está diretamente relacionado ao "direito à eliminação de barreiras" que impedem as pessoas de ir e vir e de usufruir de tudo aquilo que compõem o cenário social da cidadania. De acordo com a lei mencionada, barreiras são qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas (art. 2°, inc. II).

    Questões tais como o acesso a edifícios de uso público ou privado de uso coletivo, atendimento prioritário e assentos reservados, direito a acompanhantes, rampas e vagas em estacionamentos, adaptação de sanitários, adaptação em elevadores e em balcões de atendimento público, urnas eleitorais acessíveis, acesso a locais com a presença de cão-guia, semáforos com emissão de sinal sonoro, produção de livros didáticos e obras de difusão cultural, literária ou científica em braile, atendimento público com disposição de intérpretes de Língua de Sinais, prestação de serviços de telecomunicações através de telefones de uso público adaptado, adaptação dos serviços de transportes coletivos, acessibilidade de sítios eletrônicos, dentre outros, são instrumentos de eliminação de barreiras. Entretanto, para além das barreiras já comentadas, também é necessário dedicar atenção à eliminação da barreira atitudinal, que impede que as pessoas com deficiência sejam vistas como titulares dos mesmos direitos que qualquer outra pessoa, externada nas ações preconceituosas e discriminatórias que ainda existem em nossa sociedade.

    Do ponto de vista educacional, os desafios em relação à acessibilidade são variados, pois as instituições de ensino, da educação básica à superior, terão de lidar com a eliminação de várias barreiras, desde as de caráter arquitetônico até as encontradas na comunicação e nas atitudes.

    O trabalho pedagógico realizado junto aos alunos na viabilização do direito de acesso à educação, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), através da planificação pedagógica diferenciada que proporciona acesso ao currículo e aos elementos curriculares, a partir das características de desenvolvimento de cada um dos grupos das deficiências que, por sua vez, em função de suas características, apresentam necessidades educacionais especiais no processo pedagógico, na totalidade ou em determinados momentos deste trabalho, conforme as disposições apontadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Especial e nas recentes Diretrizes Curriculares para a Educação Especial na Educação Básica, dentre outras.

    O entendimento que perpassa este trabalho pedagógico, atende ao princípio da eqüidade, pelo qual há o reconhecimento das diferenças entre os alunos e da respectiva necessidade de haver condições diferenciadas, reconhecendo o direito à igualdade de oportunidades de acesso ao currículo escolar aliado ao reconhecimento e respeito às singularidades.

    Nessa trajetória, a questão da acessibilidade tem sido encarada como a condição fundamental para a garantia de uma jornada exitosa, de acordo com as necessidades educacionais especiais advindas das deficiências e/ou dos quadros atípicos de desenvolvimento desta parcela da população educacional. Especialmente para alguns grupos que constituem este aluno com necessidades especiais, este atendimento diferenciado pressupõe, também, a utilização de recursos físicos e materiais, instrumentos das mais variadas ordens e funções, os quais lhes fornecem condições de cumprir com as tarefas escolares, seja suplementando, complementando ou dando vazão a estas tarefas de forma completamente alternativa.

     

    ACESSIBILIDADE VIA TECNOLOGIAS ELETRÔNICAS E DE INFORMAÇÃO

    São aquelas utilizadas para comunicação, reprodução, computação, armazenamento, apresentação, controle, transporte e produção. Exemplos: computadores, programas, redes, periféricos e outros tipos de equipamentos eletrônicos de escritório. Ou seja: qualquer equipamento ou sistema ou sub-sistema de equipamento que seja usado na criação, conversão ou reprodução de dados ou informação.

    a) Acesso às TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO [abrange os vários meios de disseminação da informação e os diversos tipos de tecnologias]:

    • programas de computador e sistemas operacionais (LOGO; Dosvox; Virtual Vision; Motrix; Jaws; etc);

    • informações e aplicações para internet (INCLUSÃO DIGITAL);

    • funções e produtos de telecomunicações (aparelho telefônico com impulsos transmissores de mensagem para surdos; etc);

    • produtos de vídeo e multi-meios;

    • produtos auto-portantes (como quiosques de informação, máquinas automáticas) ou encapsulados (como calculadoras, equipamentos de fax);

    • computadores de mesa, computadores portáteis e suas interfaces (teclado adaptado, ponteiras, tela, mouse; impressora Braille; scanner para digitalização de textos; etc);

    • a compatibilidade com equipamentos adaptativos geralmente utilizados por pessoas com deficiência (leitores de texto eletrônico: JAWS; displays de Braille, máquina de escrever em Braille; outros).

    b) Pesquisas permanentes na remodelagem/modernização de recursos de comunicação já existentes: réguas-guia, pranchas de/para CSA; maquetes; etc.

    c) Acessibilidade digital: é o processo de tornar disponível o conteúdo de internet para o maior grupo de pessoas possível, gerando igualdade de oportunidades na sociedade da informação. A partir da constatação de que o acesso aos modernos meios de comunicação, especialmente a Internet, gera para o cidadão um diferencial no aprendizado e na capacidade de ascensão financeira e com a percepção de que muitos brasileiros não teriam condições de adquirir equipamentos e serviços para gerar este acesso, há cada vez mais o reconhecimento e o empenho (governamental, social, técnico, econômico) de se encontrar soluções para garantir tal acesso. Com isto pretende-se gerar um avanço na capacitação e na qualidade de vida de grande parte da população, bem como preparar o país para as necessidades futuras [INCLUSÃO DIGITAL]. Este grupo inclui pessoas com deficiência ou que necessitem de alguma interface diferenciada para o acesso. Um computador normal não está completamente preparado para qualquer usuário. As pessoas com deficiência necessitam, freqüentemente, recorrer a adaptações ou interfaces especificas de forma a compensar limitações sensoriais e de manipulação. A necessidade de adquirir soluções adicionais constitui logo à partida uma desvantagem econômica e técnica. O computador, o software e a informação por este processada serão considerados acessíveis se permitirem a utilização destas adaptações e interfaces específicas. Assim, Acessibilidade Digital para Todos trata-se da máxima de que toda e qualquer idéia ou projeto deve contemplar o conceito de "acessibilidade para todos". Todo e qualquer cidadão - a pessoa idosa, a pessoa com deficiência, a gestante, o obeso, a criança - tem o livre direito de locomover-se pela cidade, usufruir dela, participar e cooperar no seu desenvolvimento. Os mesmos direitos se aplicam a acessibilidade à rede mundial de computadores: Internet. Conteúdos web acessíveis beneficiam usuários com diferentes dispositivos de acesso à Internet (ex.: telefones celulares, WebTV e browsers alternativos). As pessoas que podem se beneficiar de projetos que contemplem os princípios da Acessibilidade Universal incluem tanto aquelas com deficiências e necessidades especiais como aquelas que não as possuem de maneira permanente. Em alguns casos, por exemplo, as pessoas também podem ter dificuldade em utilizar produtos, devido às características específicas do ambiente onde se encontram. Assim, os beneficiados pelo desenho universal incluem todas as pessoas.

    2. ACESSIBILIDADE VIA TRANSPORTES [adaptações]

    Importância da C&T nas adaptações de: automóveis adaptados para deficientes físicos; adaptação de transportes coletivos [acesso à entrada e local de permanência no veículo, especialmente para os cadeirantes]; etc. Possibilidades de uso de cadeiras de roda automatizadas, triciclos adaptados; suportes de amparo à marcha - bengalas, muletas; etc.

    3. ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA e URBANÍSTICA

    Preparação do/no espaço físico das escolas: adaptações nos prédios [escadarias, elevadores, portas em dimensões adequadas, banheiros adaptados, mobiliário em dimensões antropométricas adequadas; etc]. Conforme Normas Técnicas da ABNT [NBR 9.050, e outras].

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    )

    MERCADO DE TRABALHO

    Inclusão de deficientes no mercado de trabalho...

    Eu nunca ouvi um "NÃO"...

    Nunca ouvi um "não" quando solicitava algo em prol de alunos com alguma deficiência. Alojamento em hotel para palestrante, restaurante, colchonete para atividades físicas, jogo de camisas para futebol, materiais pedagógicos ou de reabilitação, transporte, enfim... perdi a conta.

    Nem emprego... nunca nenhuma empresa ousou negar vagas para adolescentes ao menos numa resposta direta, quando buscava uma atividade produtiva para alunos sentirem-se úteis. Pediam para aguardar uns dias ou até agendavam entrevistas, mas em vão. Não negavam, mas não empregavam; e não empregam, com raras exceções.

    Segundo alguns autores, há uma considerável diferença entre inclusão e integração. Ambas acolhem o diferente, mas na integração as pessoas têm que se adaptar à sociedade como ela é. No mercado de trabalho isso vem ocorrendo muito.

    O deficiente é admitido desde que, além de ter qualificação profissional, consiga utilizar espaços físicos e os equipamentos de trabalho sem nenhuma modificação. A Lei 7.853/89, regulamentada pelo Decreto 3298/99, determina que toda empresa com mais de 100 funcionários deverá ter no seu quadro de 2 a 5% de deficientes. Excetuando os órgãos públicos, que divulgam edital atendendo à legislação, as empresas de pequeno e médio porte a desconhecem, assim como a maioria da população que poderia estar cobrando seu cumprimento.

    No entanto, não basta tornar efetivo o que estipula o Decreto sem uma mudança geral de mentalidade; essa contratação deveria ser uma ação natural do empregador, sem objetivos de propagar o ato de "bondade" com a pretensão única de lucro.

    Na época da 2ª Guerra Mundial todos os portadores de deficiência trabalharam e foi um momento importante, porque puderam mostrar a sua eficiência. Em 1914, Henry Ford, dono de uma fábrica com mais de nove mil funcionários, tinha 940 funções de trabalho pesado, mais de 3.000 de força média e as restantes sem exigir força de trabalho. Dessas, 670 eram feitas por pessoas sem as duas pernas; mais de mil por pessoas com uma perna e várias por cegos. Por volta de quatro mil vagas não exigiam que empregados tivessem todas as funções completas. Hoje ainda discutimos a inclusão de deficientes no mercado de trabalho...

    Um professor da Faculdade Getúlio Vargas, num Congresso em São Paulo que participei, contava como despertou para a importância de adaptar seu currículo do curso de Administração para atender pessoas com necessidades especiais. Numa aula, falando sobre disposição de móveis num escritório em relação à luz do dia, ouviu de um aluno (segundo ele), "espírito de porco: -E se a pessoa for canhota?... E se for cega?... E se usar cadeira de rodas? O professor começou a refletir sobre essas peculiaridades, modificando suas aulas e preparando alunos para, como empregadores, preocuparem-se com essas questões. Dessa forma, disseminou suas idéias aos outros professores que, aos poucos, fizeram o mesmo.

    Por esse exemplo, vemos a força da Escola e a importância de todos os cursos de graduação estarem abordando assuntos da Educação Especial. Se começarmos a trabalhar nesse sentido, desde a Educação Infantil, estaremos formando cidadãos que amanhã serão empregados e empregadores mais conscientes quanto ao acolhimento natural do diferente. Se eu não convivi na infância com um deficiente na escola, ficará difícil o convívio no trabalho. o meu colega será sempre um deficiente que não deve pensar normalmente como eu... e suas oportunidades serão sempre escassas. Que homem é este que devemos formar? Na há fôrmas, há formas. Somente a escola poderá valorizar a diferença como elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, definindo a inclusão como um projeto da escola que incorpora a diversidade como eixo central da tomada de decisões.

    Maria Alice Campos Mesquita

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    Tecnologias Assistivas

     

    "Proporcionar à pessoa portadora de deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação da comunicação, mobilidade, controle do seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, competição, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade."...

    Teclado IntelliKeys USB

    Um teclado revolucionário que oferece mais facilidade e praticidade de uso. A solução perfeita para superar as dificuldades de acesso dos teclados convencionais. O teclado IntelliKeys USB introduz um novo conceito: um teclado que muda de aparência em segundos, permitindo acesso físico, visual e cognitivo para pessoas com uma ampla gama de dificuldades.

    Considerada por muitos a melhor ferramenta de acessibilidade ao computador, o teclado IntelliKeys USB é a peça central de um sistema completo de acessibilidade à comunicação, educação e divertimento.

    O teclado IntelliKeys USB traduz anos de escuta aos clientes e incorpora novos e importantes avanços tecnológicos.

    A conexão se dá por interface USB (Universal Serial Bus) conectável tanto em micros PC quanto MAC. O IntelliKeys USB vem acompanhado de um CD-ROM que, após instalado, permite que as configurações de cada usuário sejam salvas separadamente, além de permitir todas as mudanças de configuração diretamente a partir da tela e não mais apenas pela lâmina de controle.

    O teclado IntelliKeys USB funciona com qualquer programa. Além da excelente acessibilidade oferecida pela superfície sem barreiras, este teclado apresenta ainda duas entradas programáveis e independentes para o uso de acionadores, permitindo o funcionamento de programas por varredura.

    Opções de acessibilidade integradas

    A IntelliTools conhece bem as dificuldades de acesso das pessoas com deficiência e projetou este teclado pensando em superá-las. Por exemplo, para usuários com dificuldade de pressionar duas chaves simultaneamente, o teclado IntelliKeys USB permite escrever uma letra maiúscula, pressionando-se primeiro a tecla Shift seguida da tecla da letra escolhida. São duas teclas sucessivas, não simultâneas.

    Para os usuários que não podem utilizar o mouse, o teclado IntelliKeys USB vem com uma lâmina padrão com setas de direção grandes que permitem mover o cursor em qualquer direção. O teclado apresenta também muitas outras funções de acesso integradas.

    Imagem: simulação do funcionamento do mouse ocular

    Uma tecnologia revolucionária está prestes a ganhar o mercado: o Mouse Ocular. Trata-se de um aparelho que possibilita aos deficientes físicos com tetraplegia o acesso irrestrito ao uso de computadores. Funciona assim: rastreadores eletrônicos fixados ao rosto do usuário capturam e codificam digitalmente os movimentos do globo ocular, convertendo-os em sinais elétricos que são enviados ao PC por um software para executar cada função. Uma piscada mais forte, por exemplo, é “entendida” pelo sistema como o acionamento do botão esquerdo do mouse tradicional. E o que é melhor de tudo é que isso foi desenvolvida por uma empresa brasileira.

    (seu contexto original na página: www.meiobit.com)

    sexta-feira, 25 de julho de 2008

    As tecnologias assitivas, podem ser entendidas como um instrumento de promoção de inclusão: a falta de tais recursos pode comprometer, por exemplo, o desempenho de alunos com deficiência, pois auxiliam na superação de dificuldades funcionais para a realização de atividades dentro da rotina escolar. É um grande desafio para a missão da escola, que é a de assegurar oportunidades iguais para cada um atendendo sua diferença, desenvolvendo ao máximo seu potencial próprio e sua inclusão no grupo.
    Aliado as tecnlogias assitivas, faz-se necessário uma flexibilização curricular, uma formação continuada em recursos humanos, comprometimento do estado, entre outros.
    De acordo com o censo brasileiro de 2000, o Brasil tem cerca de 24,3 milhões de de pessoas com deficiências e um desconhecimento por parte da maioria quanto a leis que os amparam

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